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Papa Francisco e a Evolução das Atitudes da Igreja Católica em Relação à Comunidade LGBTQI+

Entretanto, em meio às tentativas de modernizar o cristianismo e respeitar o Vaticano, os discursos de Francisco são contraditórios.

Por Jardel Cassimiro

Teotônio Vilela, 22/04/2024 — Historicamente, a religião católica revelou uma postura intolerante diante das pessoas LGBTQI+. Elas não podiam se casar na igreja e frequentemente tinham sua mera existência considerada um “pecado” aos olhos de Deus. No entanto, desde que o Papa Francisco assumiu o papado em 2013, ele tem tomado atitudes que se aproximam da comunidade, sem romper com os princípios religiosos.

Entretanto, em meio às tentativas de modernizar o cristianismo e respeitar o Vaticano, os discursos de Francisco são contraditórios.

  • 2013: Em seu livro “Sobre o Céu e a Terra”, o Papa afirmou que equiparar casamentos homossexuais e heterossexuais era “uma regressão antropológica”. Além disso, ele expressou preocupações sobre a adoção por casais do mesmo gênero, argumentando que cada pessoa precisa de um pai homem e de uma mãe mulher para moldar sua identidade.
  • Ainda em 2013**: Francisco declarou que atos homossexuais são pecados, mas a homossexualidade em si não deveria ser julgada. “Se uma pessoa é gay, busca a Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?”
  • 2018: O Papa manifestou preocupações sobre a homossexualidade dentro do clero, considerando o assunto “um assunto sério”.
  • 2020: Em uma mudança mais efetiva no discurso, o chefe supremo da Igreja católica defendeu que pessoas LGBTQI+ deveriam ter os mesmos direitos que casais heterossexuais: “Homossexuais têm o direito de estar em uma família. Eles são filhos de Deus e têm direito a uma família”.
  • 2022**: O pontífice fez um apelo para que os pais de filhos de casais formados por LGBTQI+ não os condenem pela orientação sexual.
  • 2023: Em entrevista à agência de notícias Associated Press (AP), o papa afirmou que “ser homossexual não é crime, mas é pecado. Tudo bem, mas primeiro vamos distinguir entre um pecado e um crime”. Após a repercussão da fala, ele publicou uma carta em que dizia ter sido mal interpretado por ter utilizado uma linguagem coloquial.

Essa evolução nas atitudes do Papa Francisco reflete a complexidade das questões relacionadas à sexualidade e à fé. A comunidade LGBTQI+ continua a lutar por igualdade e aceitação, e o posicionamento da Igreja Católica desempenha um papel significativo nesse cenário.

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